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Entrevista IX - Marcos Cavaleiro

1/9/2013

5 Comments

 
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Antes de mais fala-me um pouco de ti, do teu percurso e dos momentos musicais que mais te marcaram até hoje.
Comecei por ouvir e conhecer música através do meu pai, sobretudo pop, rock e motown. Aos 15 anos tive a minha primeira bateria, uma Laser, e comecei a tocar com uma banda de Hip-Hop. 
Com o tempo, fui conhecendo os músicos da minha cidade, a Guarda, e com eles cheguei a outras músicas, incluindo o jazz. Lembro-me que a primeira formação de jazz que vi, e que me deixou fascinado, foi o quinteto Fátima Serro com o Bruno Pedroso. Algum tempo depois, vi um concerto com o Alexandre Frazão, e pedi-lhe se me poderia dar umas aulas. Passei a ir a Lisboa  de quando a quando e esses encontros foram de grande inspiração. 
Entretanto, já tocava com uma banda de covers e, juntamente com uns amigos, comecei por tentar tocar uns standards.  Mais tarde, conheci o Acácio Salero, que viera tocar à Guarda com a Orquestra Jazz de Matosinhos. Durante um ano tive aulas com ele, que foram determinantes para mudar de rumo. Isto porque frequentava, na altura, o curso de Engenharia Informática e desisti para ir estudar no Taller de Musics, em Barcelona. Durante esse período consegui ter algumas aulas particulares com o Marc Miralta, que se tornaram muito relevantes na minha forma de estudar o instrumento. 
Dois anos depois entrei na ESMAE e fui para o Porto. Aí, conheci músicos e pessoas incríveis e tive o privilégio de estudar com o Michael Lauren. Ainda na ESMAE, o Pedro Guedes e o Carlos Azevedo convidaram-me a integrar a OJM, que tem sido uma grande fonte de apredizagem e me tem proporcionado conhecer e tocar com excelentes músicos, muitos do quais tenho vindo a acompanhar noutros projectos, igualmente marcantes e gratificantes!

Que mensagem ou sensações tentas passar na tua música?
Nada em particular. Tento ser genuíno e sincero no que toco. Espero que as pessoas gostem do que estão a ouvir e que passem um bom momento.

Que qualidades admiras num músico e o que é que define para ti um bom músico? 
Admiro num músico a sua sinceridade, o saber ser um bom ouvinte e a sua audácia. Quanto a mim, um bom músico deve definir-se pela sua criatividade, originalidade e vontade de arriscar.

Na Música, e na arte em geral, fala-se muito em respeitar a tradição. Que importância dás ao que se passou para trás? Achas que se respeita a tradição hoje em dia? 
No meu caso, e, numa fase inicial, comecei por ouvir formações mais actuais. À medida que fui estudando e lendo, naturalmente, quis saber o que inspirava os músicos que ouvia. Neste processo vim a descobrir grande parte da música, e dos músicos que me têm influenciado. Se estivermos dispostos a isso, é importante descobrir o que se fez, quem o fez e ouvir aquilo que realmente gostamos. 

Ainda em relação à tradição, que corrente mais te influenciou e que discos e músicos foram uma inspiração para ti?
É-me difícil precisar que corrente me terá influenciado mais, porque sempre ouvi música de diferentes  períodos e géneros.  Penso que os primeiros discos aos quais nos afeiçoamos e que realmente gostamos, acabam por estar sempre presentes na nossa forma de tocar e no meu caso mencionaria os seguintes: 

Keith Jarrett Trio - Tokyo 96

Brad Mehldau - Songs
Brad Mehldau - Introducing
Mccoy Tyner - Inception
Roy Haynes - Out Of The Afternoon
Chris Cheek - Vine

E actualmente, que músicos te inspiram?
Definitavemente os músicos com quem toco e vou contactando e vendo ao vivo. E claro, Roy Haynes, Billy Higgins, Pete La Roca, Elvin Jones, Mel Lewis, Lee Konitz, Bill Evans, Miles Davis, Wayne Shorter, Lester Young, Paul Bley, Ornette Coleman, Thelonious Monk, Ron Carter, Herbie Hancock, Tony Williams, Joey Baron, Tom Rainey, The Meters, Greg Errico, Mitch Mitchell, Guillermo Klein, Jorge Rossy, Brian Blade, James Brown, Aretha Franklin, Steve Gadd, Chet Baker...

E coisas extra-musicais que sirvam de inspiração?
A minha família, os meus amigos, cinema, livros, ilusionismo e a minha cidade.

Que importância dás ao estudo? Praticaste muito enquanto estudante? Que conteúdos tinham mais ênfase na tua rotina diária? E hoje em dia o que é que praticas?
Dou muita importância ao estudo e, sempre que posso, pratico. Hoje em dia não é tão regular quanto gostaria mas, enquanto estudei na ESMAE e no Taller, trabalhei de forma intensiva. Praticava coordenação, peças de caixa, leitura e interpretação de figuras, diferentes estilos, formação musical e ouvia muita música. Hoje em dia, o meu estudo passa por praticar  exercícios de coordenação, improvisação, preparar repertório que irei tocar e também costumo transcrever  e tocar sobre discos.

Tiveste ou tens aqueles fantasmas de 'deveria ter estudado o músico x ou o conteúdo y'? Como contrarias isso?
Houve uma altura que sim, mas, à medida que fui conhecendo músicos que admiro, isso deixou de fazer sentido. Cada pessoa é atraída por coisas diferentes , em alturas distintas, e cada um segue o seu caminho. 

Muitas vezes a questão da técnica do instrumento é confundida com número de notas por segundo. O que é para ti a técnica do instrumento?
O som que o músico consegue retirar do instrumento e a clareza nas ideias que toca. 

E som do instrumento? Que idealizas para o teu som? 
O mais orgânico possível. Sou um grande fã do som dos anos 60.

Ficas nervoso/a quando entras em palco?
Depende. Gosto de estar confortável com a música que vou tocar. Se assim for, fico tranquilo.

E tens ou já tiveste pensamentos parasitas que podem influenciar a tua 
prestação em palco? Do género 'O que é que estou aqui a fazer?!' 'O público não se cala??' ou 'Está ali a pessoa X na plateia, tenho de tocar bem!'. Como dás a volta?
Sim, claro. Faz parte do jogo. No meu caso, passa por me concentrar no momento e desfrutar.

Ouves rádio?
Sim.

Interessa-te a música que se faz em Portugal? Qual a tua opinião acerca disso?
Interessa-me e há coisas de que gosto muito, não apenas no jazz. Temos músicos incríveis e inspirados, e cada vez há mais gente à procura de dar vida às suas ideias.

O que andas a ouvir ultimamente? 
McCoy Tyner - The Real McCoy
Orelha Negra 
Miles Davis All Stars - Walkin' 
Doudou N'diaye Rose - Djabote

Em jeito de despedida, fala-me do que andas a fazer actualmente e o que é que te imaginas a fazer daqui a 10 anos?
Tenho tido o privilégio de colaborar com a Orquestra Jazz de Matosinhos, nos projectos do Demian Cabaud, André Fernandes, Jeff Davis, Zé Pedro Coelho, Rui Teixeira e outros que estão ainda a tomar forma. No fundo, a minha intenção passa por continuar a evoluir como músico, tocar boa música, com pessoas de quem gosto e que admiro.

5 Comments
pilaa grandre link
17/4/2018 04:26:28 am


isso ta uma bela merda

Reply
cona da yola link
17/4/2018 04:27:15 am

fuck mee

Reply
cona grande link
17/4/2018 04:28:06 am

gosto tanto de pila e conaaaaaaaa

Reply
John Smith link
16/10/2022 12:28:02 am

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Reply
John Rush link
16/10/2022 10:41:08 am

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